Star Frozen - Capítulo 4 - Abraçando As Trevas - Página - 054

Star Frozen - Capítulo 4 - Abraçando As Trevas - Página - 054

               — Não temos tempo — avisou a Sharon.

               — Não se preocupe, Mestra, pois pelo que o Kristoff revelou, não vai fazer muita diferença se atrasar alguns minutos.

               — Obrigado, Anna. — Kristoff se preparou escolhendo as palavras certas para ser breve: — No começo do ataque do império, Weselton conseguiu destruir um cruzador imperial, o que fez o império iniciar um massivo bombardeio orbital, pois eles acharam que seria melhor do que perder alguns soldados em um confronto terrestre. Pelo menos foi o que eu achava ser o motivo, mas depois acabei por descobrir que na verdade eles não queriam demorar muito para conquistar o sistema, pois o imperador queria esticar as pernas em algum planeta, já que ele estava há anos sem pisar em algum planeta. Foi no bombardeio que eu perdi meus pais. — Ele ficou bem triste ao se lembrar. — Eu passei dias chorando e depois tomei coragem para enterrá-los. Não tinha muito o que eu podia fazer, por isso, segui para o que restou da cidade mais importante de Weselton. Ao chegar na cidade, fiquei surpreso ao ver um clima de festa, mas não era dos moradores deste planeta, mas sim dos imperiais, que comemoravam a vitória. Logo conheci o general que ordenou o bombardeio. Ele era o responsável pelas mortes dos meus pais, e como se nada daquilo importasse, ele perguntou se eu poderia conseguir comidas e bebidas. — Os olhos dele se encheram de lágrimas. — Lá estava ele, o responsável pela morte dos meus pais. Bastava eu pegar o blaster dele e disparar. Tenho certeza que um Sith não esperaria um ataque daquele vindo de uma criança, mas eu tive medo. Foi naquele dia que eu descobri que eu era um sobrevivente e faria de tudo para continuar vivo.

               — Foi assim que você começou a fazer trabalhos para o império? — perguntou a Anna, notando que o Kristoff não contava sua história para muitas pessoas.

               — Eu comecei como o garoto de recados do general. Logo encontrei esse speeder e foi fácil para mim adaptar a IA do Sven nele, fazendo dele o meu único amigo. Eu era adolescente no dia que o general me chamou para contar algo engraçado, como ele disse naquele dia. — Uma expressão de repulsa dominou o rosto do Kristoff. — O que ele me contou, rindo, é que ele descobriu que os meus pais foram mortos no bombardeio, e que uma das bombas foram das primeiras, ou seja, um alvo escolhido por ele. Até hoje me lembro da gargalhada dele. Acho que ele achou engraçado o fato de eu ser seu empregado depois que ele matou meus pais. Naquele dia eu sai correndo. Não tinha coragem para arriscar minha vida para vingar meus pais. Essa fuga frustrada me fez encontrar a nave Sven. Foi fácil para mim fazê-la funcionar e logo comecei meu trabalho como caçador de recompensas...

               — Fazendo serviços para ambos os lados — disse a Anna, demonstrando fúria em seus olhos.

               — Eu apenas estava tentando sobreviver, mas algo me fez fazer uma escolha que mudaria tudo. — Kristoff começou a rir antes de continuar: — É um pouco irônico; ao encontrar a nave Sven, descobrir pelos diários de seu antigo piloto, que ele era um Mandaloriano trabalhando para o império, porém, em uma missão que era contra tudo o que ele acreditava, ele acabou se virando contra seus contratantes. Ferido, ele escapou e caiu neste planeta, morrendo um pouco depois. Agora voltando a parte irônica da minha história; eu recebi um trabalho do general que matou os meus pais. Era algo comum para mim aceitar trabalhos dele, pois ele sempre pagava melhor para mim. — O loiro soltou uma gargalhada. — Acho que ele gostava de mim de alguma forma doentia. O trabalho era pegar alguns prisioneiros e os levarem para outro lugar. Algo que eu sempre fazia, porém, ao receber meu lote fiquei surpreso, pois eram crianças que seriam executadas por não poderem serem convertidas para o lado dos Sith...

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