Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 5 - O Meu Paraíso - Página - 056
Uma comoção em Lua Clara chamava
a atenção dos guardas, que se aproximaram da
estátua, presente do Reino da
Mágica. Ao passarem pela multidão, os guardas
ficaram surpresos, pois a Felina
estava na frente da estátua, a observando. Todos os
presentes estavam confusos
e queriam poder tocar na Felina para saber se ela era real ou apenas
uma
assombração de um tempo passado.
— Eu me rendo — disse a Felina,
se virando para os guardas. Ela estendeu as mãos esperando
que fosse algemada
ou algo assim.
Os guardas ficaram confusos e
apontaram suas lanças para a Felina, que se aproximou com
cautela.
— Vamos levá-la para a Rainha
Ângela — avisou um guarda.
Felina concordou com a cabeça e seguiu
em fila no meio dos guardas. Só agora ela pôde
reparar melhor em Lua Clara, já
que sua última visita foi para destruí-la, algo
que a deixou um pouco
desapontada. Como eu pude querer destruir um lugar como este, pensou
ela,
sacudindo a cabeça em negação.
Na sala do trono. Ângela parecia
muito preocupada, conversando com um de seus generais.
— Desculpe, Majestade — disse um
guarda, que acabava de entrar na sala do trono. — Tenho algo
para informar que
é de suma importância.
A rainha esfregou as têmporas com
os dedos e mandou ele prosseguir com um gesto. Logo outros dois guardas
entraram escoltando a Felina, o que deixou todos surpresos na sala do
trono,
fazendo surgirem vários murmúrios.
Ângela ficou surpresa, mas não tanto como
deveria.
— Sabia que você não
morreria tão
facilmente — disse a rainha, quase indo abraçar a
Felina, que ficou confusa com
a reação dela.
— Desculpe, eu vim para ser
julgada pelos crimes que cometi — avisou a Felina, se
ajoelhando e abaixando a
cabeça.
Todos ficaram confusos e
surpresos.
— Como assim? — perguntou a
rainha.
— Só peço um favor antes
do meu
julgamento; que eu possa falar com a Adora. Tenho muito que se
desculpar com
ela...
— Fico muito feliz em tê-la de
volta aos vivos. — Ângela se abaixou e levantou a
cabeça da Felina, que ficou
confusa, principalmente ao ver o sorriso da rainha. —
Não sei como você
sobreviveu, só sei que parece um milagre. Um milagre que
chega em excelente
momento. Se levante. Podem deixá-la em paz.
As ordens foram obedecidas pela
Felina e os guardas, que se afastaram, porém, a Felina ficou
confusa com o
tratamento que estava recebendo.
— Não acha que deveria ter mais
cuidado com um prisioneiro, principalmente um que cometeu tantos crimes
— disse
a Felina, enquanto a rainha voltava para seu trono. — Antes
do meu julgamento
posso dar algumas dicas de segurança. Encontrei
várias falhas na sua guarda
e... agora...
— Você não será
julgada — revelou
a rainha, fazendo os murmúrios dos presentes se
intensificarem.
— Mas...
Comentários
Postar um comentário