Star Frozen - Capítulo 4 - Abraçando As Trevas - Página - 053
do ataque do
império, eu fui substituindo a IA para outras máquinas, mas sempre fazendo
algumas atualizações. Hoje ela está na minha nave.
— Então você entende bastante de
máquinas — reparou a Sharon.
— Bastante, mas não importa muito
se você também não souber usar um blaster hoje em dia.
— Vamos! — mandou a Anna.
O loiro avançou com o speeder por
algum tempo, deixando um rastro de poeira azul. Logo o dia começou a amanhecer.
O speeder parou em um local, deixando a Anna e a Sharon confusas.
— Por que paramos aqui? —
perguntou a mestra, enquanto o Kristoff saia do speeder.
— Quero apresentar você aos meus
pais. Não costumo fazer muito isso, mas com vocês é diferente...
— Não temos tempo para isso...
Anna pulou do speeder.
— Temos um pouco de tempo.
A Sharon revirou os olhos e
seguiu os dois até o que parecia ser a ruina de uma casa. Kristoff parou na
frente de duas lapides improvisadas.
— Pai, Mãe. Eu quero apresentar
minhas novas amigas para vocês... Eu sei que eu não faço muito isso, mas elas
são diferentes... As duas me fizeram ter esperança de novo...
— Sinto muito, Kristoff —
disseram a Anna e a Sharon, em uníssono.
— A ruiva se chama Anna. Ela é
uma princesa e uma excelente guerreira... Não sei se esta guerra vai mudá-la
para sempre, mas se ela manter apenas um pouco de sua bondade, tenho certeza
que ela será uma excelente rainha. A outra é a Sharon. Ela é muito sábia e
sempre sabe o que fazer na hora certa. Eu a invejo, mas não de uma forma ruim, pois
a invejo com um irmão mais novo querendo seguir os passos de um mais velho. As
duas são incríveis e vão trazer paz para todo o setor... Só queria que vocês
as conhecessem.
Anna e Sharon se esforçaram muito
para não derramarem lágrimas.
— Vamos! — mandou o Kristoff, que
se virou com um sorriso forçado, enquanto lágrimas corriam por sua face.
— Por que está fazendo isso
agora? — perguntou a Anna.
— Sven tem acesso a vigilância
orbital do que sobrou dos satélites imperiais...
— O que você viu?! — perguntou a
Sharon, demonstrando muito preocupação.
— O inimigo é muito maior que o
esperado...
— Por que você não avisou o
Duque? — perguntou a Anna.
— E acabar com a esperança que
aquelas pessoas demonstravam. Sabe quantos anos fazem que eu não vejo aqueles
olhares? Muitos. Também queria poder trazer vocês aqui... Sei que não
aceitariam sem ter algum motivo lógico para a guerra...
— Seu plano não vai funcionar,
pois teremos que contar ao Duque — disse a Sharon.
— Eu sei, mas devemos deixá-los
terem esperanças o máximo que for possível, mesmo com toda aquela tensão...
— Kristoff! O que você estava
procurando em Silvarian no dia que se conhecemos? — perguntou a mestra,
seguindo o amigo para perto do speeder.
O loiro se sentou em algumas
rochas, sendo imitado pela Anna e a Sharon.
— Eu sabia que você já tinha
notado algo — revelou ele.
— Você estava se decidindo...
— Decidindo o quê? — questionou a
Anna.
— Para vocês entenderem vou
contar uma prévia da minha história. Não vou contá-la para vocês terem pena de
mim, pois o momento para isso já se passou há muitos anos.
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