Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 4 - A Escalada da Redenção - Página - 042
— Adora! Adora! Eu te amo! —
gritou a Felina, despertando assustada.
Uma dor muito forte em seu abdome
a impediu de se levantar. Ela olhou em volta e notou que estava em uma
espécie
de cama de palha coberta por uma pele de algum animal que ela
não reconheceu,
mas era muito confortável. Felina reparou que estava em
dentro do que parecia
ser uma cabana. As paredes eram de madeira, feitas com troncos na
horizontal,
um em cima do outro. O teto do lugar era de madeira também,
mas apenas em sua
armação, pois ele era coberto por palha. Ainda no
teto, bem no meio da cabana,
tinha um lustre de ferro pintado de preto, que havia várias
velas acessas, o
que não adiantava muito para iluminar o lugar, pois
já era noite, como
constatou a Felina, ao reparar na pequena janela de madeira logo
atrás de sua
cama. A Felina notou que estava em uma parte alta da cabana. Ela tentou
se
levantar, quase gritando de dor, só agora reparando que
estava com faixas em
volta de seu abdome. O piso do lugar era de madeira, composto por
planchas
largas. Ao conseguir se levantar, a Felina voltou a reparar no lugar em
que
estava, pois ela queria saber o que tinha acontecido e se aquele lugar
era
seguro. Ela reparou na estante ao lado da cama. A estante estava cheia
de
frascos e outras coisas que ela não reconheceu ou achou
utilidade. Ainda ao
lado da estante, tinha uma bacia de ferro, que estava com um pouco de
água.
Felina sentiu um cheiro bom de comida, o que deu forças para
ela caminhar
vagarosamente até o final da parte elevada. Ao chegar no
final, Felina ficou
surpresa ao ver o resto da cabana, que no lado direito onde ela estava
tinha
uma escada de madeira, que era um pouco estreita. Na parte baixa,
haviam várias
janelas menores, que estavam abertas, deixando um pouco da luz lunar
entrar. Felina
reparou que o lugar era aconchegante, pois haviam peles de animais por
vários
lugares no chão e logo na sua frente, na parede em paralelo,
tinha uma lareira,
que estava acessa com a madeira estalando. A lareira era feita por
rochas e
logo na frente tinha várias peles por cima de uma pilha de
palha. Nas paredes
também haviam várias estantes com
vários utensílios culinários, roupas e
ferramentas. Ao continuar a reparar em tudo, Felina finalmente
encontrou o que
queria, caso o lugar não fosse seguro. Era a porta da
cabana, que ficava no
meio da parede da esquerda. A porta era baixa e de madeira. Ao descer
as
escadas com dificuldade, Felina ficou surpresa ao ver que o local onde
ela
estava, ficava em cima do que parecia ser a cozinha da cabana, que
estava muito
mais iluminada que o resto, mesmo só tendo uma janela
pequena no meio da parede
em paralelo a lareira. O chão da cozinha não
tinha peles de animais e no meio
dela, tinha uma mesa com o topo redondo, que era feito em madeira com
pranchas
estreitas. Em volta da mesa tinha três cadeiras de madeira,
que a Felina pensou
em correr até uma delas, por causa de seu ferimento, mas se
conteve para
continuar sua exploração com os olhos. Ela viu o
balcão em L da cozinha, que
tinha um fogão a lenha, que era preto e estava com algumas
panelas sobre ele.
Nas paredes da cozinha também haviam várias
estantes menores, logo acima dos
balcões. As estantes estavam cheias de frascos com temperos
e comida. A Felina
estava com muita fome, o que a fez notar um suculento pão
caseiro sobre o
balcão, mas ela não avançou por causa
da pessoa que estava cozinhando.
— Pensei que não acordaria
—
disse uma mulher, que experimentava um pouco da comida que estava sendo
preparada.
A
Felina fitou bem a mulher, que tinhas mais de 60 anos, algo
notável por suas
marcas de idade. A mulher era de baixa estatura e parecia fora de
forma. Os
cabelos dela eram compridos, mas estavam amarrados em forma de um coque
grisalho. Os olhos dela eram azuis e passavam uma
sensação de paz, algo que a
Felina notou e a fez pensar que talvez aquela
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