Star Frozen - Capítulo 1 - Planeta de Ninguém - Página - 002
abdome. As
placas eram de cor roxa e entre elas se podia ver o que parecia ser um grosso
tecido verde-escuro. Todos os soldados tinham capacetes na mesma cor das
placas, assim como suas botas. Os capacetes não tinham proteção na frente do
rosto, a não ser por um visor em um tom de verde semitransparente. Os soldados
portavam rifles blasters pretos, o que deixava a situação um pouco tensa para
os refugiados, mesmo eles sabendo que eram para proteção de todos.
A imensa fila chegava até uma
grande entrada de um imponente muro de metal cromado, que estava coberto de
neve em seu topo. O muro circulava uma grande área cheia de veículos militares
estacionados e se podia notar, em várias partes do muro, as imensas baterias
antiaéreas, que eram grandes canhões blasters cromados. No centro da área
protegida, se podia ver o imenso castelo, que eram duas torres de metal
cromado. As torres eram bem altas e se podia ver as luzes do interior pelas
janelas. As duas torres tinham várias plataformas para decolagem e aterrisagem
de naves menores, o que as permitiam operarem de forma independente uma da
outra. Essas plataformas estavam bem movimentadas, por causa das naves trazendo
refugiados de locais mais distantes do planeta.
Na fila, uma mulher, que
carregava uma criança no colo, tropeçou, mas antes de cair no chão ela foi
ajudada por um homem.
— Obrigada — pediu a mulher,
olhando para quem a ajudou, o que a deixou surpresa. — Majestade?!
Antes da mulher se ajoelhar, o
homem a impediu. O homem tinha cabelos curtos loiros e seus olhos eram em um
tom de azul-turquesa. O rei do planeta estava usando o mesmo tipo de armadura
dos soldados, porém, ele não estava com o capacete e nem com o rifle. Ele levava
em suas costas a pele azul-clara de algum animal local e tapava seu rosto com
um lenço roxo, deixando apenas seus olhos à mostra.
— Não são necessárias
formalidades — disse o rei, fazendo a mulher sorrir. — Apenas continue a
jornada.
Com o rei, estavam um grupo de
cinco soldados, que começaram a ajudar os refugiados em que o rei se disponha a
ajudar.
— Majestade — chamou um soldado,
parando de ajudar a puxar uma carroça, pois alguém falou com ele pelo
comunicador no capacete. — Não sei se vamos conseguir ajudar a todos a tempo.
Recebi alguns informes negativos da meteorologia...
— Vamos sim. — O rei era calmo em
seu semblante, mesmo em uma situação tão difícil. Ele passou a mão na cabeça
para tirar a neve que se acumulava em seus cabelos. — Já conseguiu se comunicar
com a Estação 13?
— Eles não respondem. Assim como
as outras estações...
O rei olhou para o céu, que
estava começando a ficar mais escuro.
— Sinto uma perturbação na Força.
— Também sinto, Majestade.
— Nenhuma estação ficou todo este
tempo sem se comunicar... Acho que alguma coisa está acontecendo fora a nevasca.
O soldado parecia preocupado com
algo, por isso, ele pegou um blaster preto e ofereceu para o rei, o que
deixou alguns dos refugiados preocupados.
— Acho melhor você ficar com
isso, Majestade.
Relutante, o rei pegou a arma e
depois foi ajudar a puxar a carroça, sem notar que os soldados começaram a
olharem para o céu. Eles pareciam assustados com algo. Só agora o rei notou que
parecia que a nevasca tinha parado. A neve parou de cair e o vento também
cessou. Todo mundo ficou em silêncio.
— O que aconteceu? — perguntou o
rei, para um soldado próximo.
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