Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 4 - A Escalada da Redenção - Página - 043

Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 4 - A Escalada da Redenção - Página - 043

mulher não fosse uma ameaça. As roupas da mulher eram um vestido verde-escuro comprido, que tinha um grande bolso bege na frente, mas suas roupas estavam quase todas cobertas por uma pele de um animal, que fez a Felina pensar em como aquela senhora poderia ter matado um animal selvagem para poder usar sua pele. A Felina notou até nos sapatos da mulher, que eram botas de couro preto, que possuíam os canos altos, talvez para evitar bichos ou cobras, pensou ela.

               — O-onde eu estou? — A voz da Felina estava muito fraca.

               A mulher guardou a colher que tinha usado para experimentar a comida e sorriu para a Felina, que começou a cambalear por causa da dor.

               — Na minha casa...

               A Felina foi caindo, mas a mulher chegou a tempo e a colocou sentada em uma cadeira.

               — E-eu notei...

               — Acho que você está com sede e fome. — A mulher correu para pegar uma jarra de ferro e um copo também de ferro. Ela encheu e colocou sobre a mesa e viu que a Felina ficou examinando o conteúdo, o que fez a mulher sorrir. — Não está envenenado. Vamos, Gatinha. Pode beber.

               Finalmente a Felina bebeu, se engasgando por causa da rapidez que bebeu, ao ver que ela tinha se recuperado, a mulher sorriu e perguntou:

               — Quer um pouco do pão que você estava olhando?

               A Felina fez que sim com a cabeça e a mulher entregou o pão para ela, que começou a mordê-lo, sem esperar que um pedaço fosse cortado, o que a fez mulher sorrir novamente.

               — Gatinha, coma devagar.

               Depois de comer e beber um pouco mais de água, Felina fitou bem a mulher que voltou a cuidar da comida sobre o fogão.

               — Onde eu estou? O que aconteceu?

               — Você tem muitas perguntas, Gatinha, mas vamos deixar para a hora do jantar.

               Felina ficou esperando por alguns minutos.

               — Já terminou?

               — Sim. Poderia pôr a mesa?

               — Como eu faço isso?

               — Você pega os pratos e arruma-os sobre a mesa. Tenho certeza que você consegue. Notei que você é muito forte, Gatinha. Seus ferimentos não vão atrapalhar.

               Sem saber muito bem o que fazer, a Felina foi procurar os pratos nas estantes e os achou, ela pegou dois e os colocou sobre a mesa.

               — Terminei. Podemos conversar agora?

               — Claro. — A mulher colocou uma panela sobre o centro da mesa. O cheiro agradável de comida fez a barriga da Felina roncar. — Só mais um detalhe.

               A mulher pegou outra jarra e espremeu o que parecia se alguma espécie de fruta em dentro da jarra. Depois que terminou o suco, ela pegou duas colheres, uma concha e os copos, antes de se sentar à mesa.

               — Como eu cheguei aqui? — perguntou a Felina, enquanto a mulher enchia o prato dela, com o que parecia ser uma espécie de ensopado.

               A Felina foi comer com as mãos, mas foi impedida pela mulher que entregou uma colher para ela.

               — Tenha modos. — A mulher saboreou um pouco do ensopado e a Felina fez o mesmo, mas usando a colher. — Você chegou dos céus, Gatinha...

               — Pare de me chamar de Gatinha.

< 43 >

Escolha a Página

Comentários