Star Frozen - Capítulo 1 - Planeta de Ninguém - Página - 011
— Minha mãe morreu no meu
nascimento... Foi algo que deixou meu pai muito triste, mas ele fez o que minha
mãe o mandou prometer; me treinar como Jedi. Ele me ensinou tudo que eu sei
sobre ser um Jedi... Até me ensinou como criar um sabre de luz...
— Você poderia fazer um para mim?
— perguntou a Anna, entregando o cantil para Sharon.
— Não é tão simples.
— Eu poderia se tornar uma Jedi?
— Não sei se é o certo. — Sharon
tomou longos goles de água. — Você quer vingança... que é algo que leva ao lado
Sombrio da Força. Você é jovem. Não deveria passar pelo que passou, porém, não
tem como negar a Força em você. Posso senti. Ela é bem poderosa em você, assim
como era em sua irmã.
— Se minha irmã fosse poderosa
ela não teria morrido...
— Não fale dessa forma. Sua irmã
te amava. — A Jedi entregou o cantil e a caminhada continuou seguindo o som da
água corrente, que ficava mais forte.
— Como seu pai morreu? —
perguntou a ruivinha, bebendo um pouco de água.
— Ele ficou muito triste com a
morte da minha mãe. Eu sempre o pegava pensativo. Um dia, quando eu completei
18 anos, meu pai pegou outra nave, despediu-se de mim e entregou seu sabre de
luz. Eu não sabia o que ele pretendia... Depois de algum tempo ele sumiu na
Força. Descobrir tarde demais que ele não aguentou viver sem a minha mãe e ele
acabou tirando a própria vida, indo em direção a uma estrela. Meu pai esperou
até eu terminar o meu treinamento, pois ele tinha prometido para minha mãe que
me treinaria.
Anna notou que os olhos da Sharon
estavam cheios de lágrimas.
— Chegamos.
O local tinha um largo rio com
águas em um tom de verde-claro. O rio não tinha uma correnteza muito forte e se
podia ver alguns animais pequeno, que tinha seis patas e uma pelugem vermelha.
Eles estavam bebendo água na margem oposta e pareciam curiosos, como se nunca
tivessem visto humanos antes. Sharon ficou admirada com o lugar e olhou para o
céu verde. Ela fitou o sol e depois foi caminhando com a Anna até a margem do
rio.
— É estranho. — Anna começou a
encher o cantil no rio e seus olhos estavam cheios de lágrimas. — Parece que
foi um pesadelo e ao mesmo tempo parece que foi real. Também parece que faz
bastante tempo e também faz pouco tempo. Não sei como eu deveria me sentir.
Fico imaginando as coisas que minha família vai perder... Eu queria apenas
poder ter me despedido dos meus pais, como o seu pai se despediu de você.
— Eu vou te treinar — avisou a
Sharon, se sentando em um tronco caído. — Não acho justo aqueles monstros
tirarem tudo de todos e nem permitirem que uma criança se despeça de seus pais.
Vamos fazer eles pagarem pelos crimes que cometeram. Mesmo que para isso
tenhamos que passar a vida toda lutando... Você vai se tornar a mais poderosa
Jedi que já viveu neste sistema solar.
— Obrigada...
— Não agradeça ainda.
— Obrigada por não me deixar
sozinha.
Anna abraçou a Sharon. Depois as
duas ficaram sentadas observando a fraca correnteza do rio.
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