Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 5 - O Meu Paraíso - Página - 059

Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 5 - O Meu Paraíso - Página - 059

               — Não vou morrer. Eu prometo. Vai dar tudo certo.

               — Você promete?

               — Eu já disse; eu prometo. Não vou deixar a Adora e nem você.

               A Entrapta abraçou a Felina.

               — Gosto mais da nova Felina. A antiga sempre parecia triste e irritada... Mesmo nos momentos que ela parecia feliz com algo e estava rindo...

               — Também gosto mais da nova.

               As duas sorriram e se soltaram do abraço.

               — Tenho que correr — avisou a Entrapta, saindo correndo da sala do trono.

               Alguns guardas a seguiram a mando da rainha, que ordenou com um gesto.

               — Felina! Por favor, traga minha filha de volta e seus crimes estarão perdoados.

               A Felina notou que a Ângela parecia muito abalada com tudo o que estava acontecendo.

               — Farei tudo o que puder para salvar a Cintilante e toda a Etéria, mas acho que não deveria perdoar meus crimes tão facilmente, Majestade.

               — Salvar minha filha e toda a Etéria já é uma excelente forma de redenção. Tenho certeza que não será necessário um julgamento depois do seu retorno...

               — Mas, Majestade...

               — Sem, mas... apenas traga minha filha de volta e salve Etéria... Prove para todos que você realmente quer se redimir pelos seus crimes.

               A Felina ficou pensando um pouco, mas logo aceitou os termos da rainha e concordou balançando a cabeça. Ela se preparou para fazer uma reverência, mas foi impedida pela rainha:

               — Não é necessário ser tão formal. Você é a amada da Adora, que é como uma filha para mim, o que te torna uma pessoa bem próxima da família real de Lua Clara.

               — Desculpe, Majestade. — Felina ficou parada com as mãos nas costas, como um soldado.

               — Também não precisa ser tão militar. Tente se soltar mais.

               — Sim, Majestade.

               — Agora prossiga com o plano, antes que a Entrapta exploda Lua Clara por engano.

               Ângela sorriu, o que contagiou a Felina, que saiu correndo da sala do trono.

 

               No quarto da Adora. Alguns guardas terminavam de trazer as coisas que a Entrapta pediu. Felina entrou no quarto sendo seguida por um guarda que servia de guia até o local.

               — Obrigada — agradeceu a Felina, enquanto os guardas saiam.

               — Vou começar — avisou a Entrapta, digitando algo em um computador.

               A Felina ficou reparando no quarto da Adora, ela viu os bonequinhos, que o Arqueiro tinha feito, da Cintilante, da Adora e dele.

               — Por que você escolheu o quarto da Adora? — perguntou a Felina, reparando nos sacos de dormir próximos a cama da Adora.

               Entrapta riu e coçou a cabeça com o rabo de cavalo em forma de mão.

               — Queria que você visse como é o quarto da Adora. Sei que não é muito, mas acho que dar para diminuir um pouco a saudade que você está sentindo.

               A amiga da Entrapta sorriu e se deitou de costas na cama da Adora. Ela notou que o cheiro da Adora estava presente na cama, o que a fez fechar os olhos. Ela estava muito feliz e a Entrapta continuou com o seu trabalho, com um sorrisinho no rosto.

 

               Já era noite. Felina tinha adormecido e a Entrapta não a acordou, mesmo com o barulho que fazia com seu trabalho, pois a Felina estava muito cansada.

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