Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 3 - Eu Sempre Vou Te Amar - Página - 038
— Me conte tudo — pediu a Adora,
se sentando, o que fez a Felina se sentar ao lado dela e fitar bem seus olhos.
— Naquele dia, na clareira.
Entrapta e Scorpia tentaram fazer alguma coisa com você, mas eu fui mais rápida
e peguei um dardo venenoso antes que ele o atingisse. Foi por pouco. — Felina
parecia triste ao se lembrar. — Naquele momento percebi o que eu estava fazendo
de errado; sempre te machucando e a afastando de mim. Uma sensação de perdê-la
para sempre me dominou... — Os olhos dela se encheram de lágrimas. — Não
poderia viver sem a pessoa que eu sempre amei. Nunca conseguiria viver sem você
ao meu lado. Depois disso foi fácil eu ser aceita na Rebelião, principalmente
no momento que a Rainha Ângela descobriu o motivo da minha mudança de
atitude...
— Como estão todos? — perguntou a
Adora, ainda com os olhos cheios de lágrimas.
— Estão bem. Conseguimos derrotar
a Horda com minhas estratégias e com a She-Ra. Agora os que sobraram não passam
de pequenos grupos, que ao aparecem são facilmente derrotados pelos guardas de
cada reino. — Felina riu ao se lembrar de algo. — Por isso já faz tempo que
você não se transforma na She-Ra.
— Não consigo acreditar — disse a
Adora, abraçando a Felina.
— O que eu não consigo acreditar
é como ficou a Zona do Medo, ou a Floresta das Princesas, como foi renomeado
pelo Arqueiro, logo depois que Perfuma cobriu o lugar com plantas. Claro que a
Gélida teve um pouco de trabalho para acabar com as erupções vulcânicas, mas os
cálculos da Entrapta estavam certos...
— Entrapta?! Ela voltou para o
nosso lado?
— Sim. Foi no dia que eu salvei
você do dardo. Ela percebeu que poderia machucar muitas pessoas com seus
experimentos. — Felina riu antes de continuar: — Na verdade ela falou que parou
para não me machucar, já que odiaria me ver triste ao tirar a coisa que eu mais
amo de perto de mim. Acho que a Entrapta gosta de mim, ou algo assim.
As duas acabaram rindo, enquanto
a Felina se levantou para terminar de se arrumar, mas ela acabou sendo
surpreendia pelo puxão da Adora, que voltou a abraçá-la e beijou seus lábios.
— Eu te amo.
Cintilante de repente se
teletransportou para o quarto, mas as duas continuaram abraçadas.
— Adora! Você tem que acordar! —
gritou o princesa de Lua Clara, deixando a amiga confusa.
— Eu já estou acordada.
— Adora! Acorda, Adora!
A loira sentiu algo quente em
suas roupas.
— Adora! Acorda! — gritou a
Felina, que estava com muito sangue saindo de sua boca e o mesmo era de uma
grande ferimento no abdome.
— Nãoooo! Felinaaa! — gritou a
Adora, enquanto ela viu suas roupas e mãos se sujando de sangue. — Não me
deixe! Felina! Eu te amo.
De repente, Adora abriu os olhos.
Ela estava deitada de costas em seu quarto em Lua Clara, mas não na grande cama
e era começo de tarde. Em volta dela estavam Cintilante e Arqueiro, que
pareciam muito felizes ao vê-la acordada.
— Cadê a Felina? — Foi a primeira
coisa que a Adora perguntou, ignorando a dor que percorreu seu corpo ao ficar
sentada.
Cintilante e Arqueiro ficaram bem
tristes.
— E-ela se foi? — insistiu a
Adora, já com dois caminhos de lágrimas percorrendo seu rosto.
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