Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 2 - Encontros - Página - 020

Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 2 - Encontros - Página - 020

               A rainha parecia muito preocupada e pensativa, o que fez sua filha dar outra notícia para acalmá-la:

               — Entrapta não morreu.

               — Sério?! Por que não me contou antes?

               — Estávamos esperando para contar com a Adora — respondeu o Arqueiro.

               — Será que a Adora foi tentar um resgate — disse a Ângela, ficando mais preocupada.

               — Não, mãe. Entrapta se uniu a Horda para poder fazer seus experimentos... como o que a gente presenciou nos últimos dias.

               — Isso é péssimo. Na Rebelião ainda ela tinha alguém para impedi-la de passar dos limites, mas na Horda... Entrapta pode se tornar uma grande ameaça para nós.

               — Se a Adora conseguir convencer a Felina a mudar de lado, talvez Entrapta venha com ela — Cintilante já comemorava sorrindo.

               — No momento estou mais preocupada com a Adora se encontrando com a Felina. — A rainha fitou bem sua filha e perguntou: — O que você acha que seria mais sensato fazer? Não responda como amiga da Adora ou minha filha, e sim, como líder da Rebelião.

               A Cintilante ficou pensativa por alguns instantes antes de responder:

               — Eu iria atrás dela, mas e se não for magia? E se ela estiver apaixonada pela Felina? Essa pode ser a nossa maior chance de fazer a Horda perder um capitão, e pense no que a Felina poderia informar sobre o inimigo. Mesmo que ela não se una a Rebelião, será um terrível golpe para a Horda.

               — Vão atrás dela — ordenou a rainha. — Vou mandar mensagens paras as princesas sobre a Entrapta. — Ela fitou bem a filha, que já tinha se levantado e já estava pronta para se teletransportar. — Tomem cuidado e observem de longe, caso exista uma chance de salvar a Felina. Acho que a Adora ainda acredita nisso, não só pelo que sente pela Felina. Talvez ainda exista algo de bom na Felina.

               — Obrigado, Majestade — agradeceu o Arqueiro.

               — Obrigada, mãe. — Cintilante segurou no braço do Arqueiro e se teletransportou levando ele.

 

               Adora já estava com a fogueira acessa na frente da Cidadela dos Primeiros. Ela estava impaciente para ver a Felina.

               — Calma, Adora — disse ela, se sentando ao lado da fogueira. — Que maluquice eu estou fazendo? — Ela passou um dedo pelos lábios, se lembrando do sonho que teve.

               — Viu meu bilhete? — perguntou a Felina.

               Sem conseguir se conter, Adora se levantou e abraçou a Felina, que ficou envergonhada e pensou em retribuir o abraço, mas não o fez.

               — Não acha que é um pouco demais, mesmo para você? — perguntou a Felina, fazendo a Adora soltá-la do abraço.

               — Desculpa...

               — Não se preocupe com isso, mas saiba que se eu quisesse mal a você, essa seria a hora perfeita.

               Adora ficou um pouco irritada com a provocação e se sentou ao lado da fogueira.

               — Se você me quisesse mal já teria feito algo ontem.

               — E se eu quiser ganhar sua confiança para apunhalá-la pelas costas?

               — Ainda com isso? Você não faria isso. Não depois de ontem. De qualquer forma; você prefere algo mais direto para me prejudicar...

               — Isso é verdade. Mesmo assim, você não deveria baixar a guarda tão fácil.

               — Eu posso te vencer a qualquer momento...

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