Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 1 - Sonhos - Página - 002

Lágrimas Sobre Etéria - Capítulo 1 - Sonhos - Página - 002

vocês cresceram juntas e já foram tão próximas... não deveriam jogar tudo isso fora. Eu não desistiria dela...

               — Mesmo depois de tudo o que ela fez?! — exaltou-se a Cintilante, enquanto algumas pessoas agradeciam a Adora pela vitória. — Ela nunca vai se unir a nós. Felina é ruim, assim como a Horda. Depois de hoje isso não vai mudar.

               — Você tem razão, a Felina é da Horda... — disse a Adora, indo entrar no palácio, pois a noite já estava chegando. — Ela sempre foi e sempre será.

               Adora não concordava com isso, mas era difícil não pensar assim, depois de tudo o que aconteceu. Felina tentou me matar e ela acabou causando a morte da Entrapta, pensou ela, ficando frustrada.

               — Você concorda com fazer prisioneiros? — perguntou o Arqueiro, demonstrando um pouco de espanto. — Ou pior?

               — Estamos em guerra com a Horda — respondeu a Adora, enquanto eles caminhavam pelos corredores do palácio. — Depois de hoje não sei se seria possível trazer a Felina para nosso lado. Deveríamos tê-la feita prisioneira.

               — Uau! Adora! Não esperava que você concordasse com isso — disse a Cintilante, achando estranho jeito da amiga de pensar. — O que aconteceu com vocês nas ruinas dos Primeiros?

               — Muita coisa.

 

               A festa foi perfeita, mesmo para algo feito às pressas depois de uma terrível batalha, mas Adora não conseguiu aproveitar muito, o que começou a irritar a Cintilante, principalmente na hora do banquete na sala de jantar do palácio, em que também estavam presentes Ângela e Arqueiro. Todos estavam sentados à mesa. Adora parecia não prestar atenção no que a Cintilante falava, apenas ficava brincando com a comida.

               — Está tudo bem? — perguntou a Ângela, ao notar que algo estava errado.

               — Sim — respondeu Adora, bebendo um pouco de suco em seguida.

               — Não está não — discordou a amiga dela. — Nem escutou meu plano de atacar a Horda, já que eles estão fracos devido a derrota.

               — Cintilante! A Rebelião também está fraca e cansada — lembrou a Ângela, voltando sua atenção para a Adora em seguida. — E a gente só ataca se for necessário.

               — Tudo bem, mas ainda acho a melhor estratégia. Podemos pegar eles desprevenidos.

               — Adora, pode contar para mim o que a preocupa. — Ângela sorriu. — Não sou sua mãe, mas posso te ajudar com coisas do tipo.

               — Apenas quero descansar. — Adora se espreguiçou, fingindo está muito cansada.

               Ela se retirou até seu quarto e deitou de qualquer forma em sua cama. Antes de dormir, ela olhou para os sacos de dormir de seus amigos. Adora ficou de costas para pode olhar o teto. Ganhamos a batalha, mas acho que a perdi para sempre, pensou ela, enquanto levava uma mão sobre o peito do lado do coração. Logo Adora adormeceu.

 

               A luz forte do sol fez a Adora acordar e tentar proteger seus olhos com uma mão. Ela olhou em volta e se viu em uma clareira, que formava um círculo e era rodeada pelo que parecia ser a Floresta do Sussurro, o que a fez se levantar assustada e procurar sua espada, mas não encontrou. Ela notou que estava no centro da clareira e que ela era toda coberta por uma grama verde com várias flores coloridas, sendo elas todas de vegetação rasteira. O céu do lugar estava bem azul e o sol, mesmo parecendo forte, não estava muito quente. O lugar era muito agradável.

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